A Web 2.0 e as Bibliotecas

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A tecnologia tem evoluido de tal forma, que as Bibliotecas são obrigadas a acompanhar essa evolução. Já não podemos pensar as Bibliotecas apenas com os seus serviços tradicionais (empréstimo, tratamento técnico documental, etc.), mas também incorporar novas ferramentas a fim de optimizar os serviços existentes e criar novos. Já passou o tempo em que a biblioteca se limitava a esperar que o utilizador a procurasse; agora, é a Biblioteca que procura o utilizador!
Com as ferramentas web que hoje conhecemos, faz-se um uso social da informação. Daí o conceito de Web 2.0 ou Web Social. A proliferação dessas ferramentas "não bibliotecárias" têm tido um enorme efeito nos serviços de informação: além do uso previsível para o qual foram criadas, há agora um uso não previsível, imaginativo, que anda à volta da criação de novos serviços e produtos. Assim, a Biblioteca deve ser utilizadora assídua da Internet e ter em conta três aspectos fundamentais:
- As bibliotecas não podem existir à margem da evolução tecnológica;
- A evolução tecnológica obriga os profissionais da informação a repensar os processos informacionais;
- Os serviços tradicionais da Biblioteca devem coexistir com serviços que permitam uma gestão eficiente dos novos suportes informacionais.

Web 2.0: duas definições

Def. 1: “Um termo criado em 2004 pela empresa O’Reilly Media, para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a “web” como plataforma, envolvendo Wikis, aplicações baseadas em folksonomia, redes sociais e tecnologias da informação” – (Wikipédia).

Def. 2: “Web 2.0, a Web social, como um conjunto de novos serviços e aplicações web, que representam uma segunda vaga de técnicas para criar sítios mais interactivos e fáceis de usar (…)” – (Nieves González – BC Universidad de Sevilla).

Segundo Nieves González, a Web 2.0 baseia-se nos seguintes princípios:

- Web de leitura e escrita – que permite um fluxo de informação dinâmico, cujo melhor exemplo são os Blogs;
- Web como plataforma – coloca um fim às versões periódicas de software;
- Possibilidade de oferecer serviços a pequenos grupos de utilizadores;
- Aproveitamento da inteligência colectiva – um exemplo é a Wikipédia;
- Os dados como único requisito – não há necessidade de ter conhecimentos de programação;
- Modelos de programação simples – para partilhar e processar dados.


Dois aspectos importantes:

- Para levar a cabo a criação ou mudança dos nossos serviços, à luz da filosofia da Web 2.0, o bibliotecário tem de ter em conta que os hábitos dos utilizadores estão a mudar graças às tecnologias;
- A tecnologia não pode substituir os serviços tradicionais de uma biblioteca, mas pode melhorá-los.

1 Comentário:

Linda Castelo-Grande disse...

Parabéns pelo seu blogue!

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