Web 2.0: orientação para o utilizador

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A ORIENTAÇÃO PARA O UTILIZADOR é a razão de ser da Web 2.0. Se até agora as bibliotecas estavam mais orientadas para os conteúdos, aos produtos, actualmente temos de detectar as necessidades dos nossos utilizadores e, por acréscimo, oferecer-lhes os serviços que necessitam no contexto actual. A atitude da biblioteca deve ser de constante mudança e que facilite a adequação dos nossos serviços às diferentes necessidades dos utilizadores reais e dos potenciais utilizadores.
Como detectar essas necessidades?
Quais são os novos hábitos?
Que diferenças apresentam as gerações mais recentes, quanto ao consumo de informação?
De acordo com o documento “Information behaviour of the researcher of the future”, da British Library e JISC, as características que mais se destacam no novo perfil de utilizadores, são as seguintes:

1. 90% dos utilizadores usam os motores de pesquisa para encontrar informação e 93% está satisfeito ou muito satisfeito com os resultados;
2. Valorizam a biblioteca apenas como “fornecedora” de livros;
3. Confiam mais nas recomendações das suas redes sociais, que na “autoridade” estabelecida e tradicional;
4. Têm competências digitais, mas não informacionais;
5. Não lêem de forma sequencial: lêem as páginas em linha na “diagonal”, seguem as hiperligações e perdem pouco tempo em cada página;
6. Querem os textos completos de forma imediata, etc.

A maior parte destas atitudes vão de encontro à sua condição de “nascidos na era digital”, uma vez que não conhecem outra forma de satisfazer as suas necessidades informacionais.
No entanto, uma das conclusões enunciadas no documento referido anteriormente, é a de que estes comportamentos não são exclusivos da “geração google”; esses comportamentos são um denominador comum dos utilizadores da Internet.

E que esperam, estes utilizadores, em relação à Biblioteca? Esperam, simplesmente, que:
1. Seja uma continuação da sua experiência em linha, com aplicações fáceis de usar e que não obriguem a pesquisar em sítios diferentes;
2. Encontrar textos completos;
3. Sistemas de recomendação de documentos;
4. Interoperabilidade dos sistemas;
5. Personalização, etc.

Perante estas mudanças e novas “procuras”, é imperativo manter uma mente aberta à mudança e, sobretudo, estar alerta quanto às novas exigências informacionais dos nossos utilizadores.

Fonte: Nieves González - Universidad de Sevilla

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